A reflexão sobre o desenvolvimento da criatividade não é novidade, já ocorria desde a década de 1960, porém como incorporá-la ao dia-a-dia da Educação?
São muitos os desafios com os quais a educação brasileira convive todos os dias, como por exemplo, programas curriculares engessados em horários fixos; conteúdos extensos, principalmente de conhecimentos já estabelecidos historicamente; predomínio de aulas expositivas, conduzidas apenas pelo professor, avaliações que medem o grau de memorização, etc.
Além disso, a Educação sofre com a concorrência exercida naturalmente pela tecnologia e seu potencial interativo. A todo momento somos provocados para curtir, compartilhar ou postar.
Não é mais possível ficar falando mal do fascínio que a conectividade oferece. Façamos dela uma aliada!
Do mesmo modo, como falar em metodologias ativas, sala de aula invertida, aluno protagonista de seu saber, professor mediador, professor tutor, se o espaço da sala de aula ainda tem a mesma “cara” que tinha no século XIX? Como mudar?
Embora se reconheça a importância do uso da criatividade na solução de problemas, ainda é muito vista como restrita a determinadas áreas do conhecimento, especialmente às ligadas a artes, design e publicidade.
Mas isso é um engano, a criatividade é algo que pode ser entendido e aprendido por todos. Para tanto, é preciso que o ambiente (a sala de aula/a escola) favoreça seu desenvolvimento, permitindo que se faça a sua expressão em diferentes linguagens.
Sob o mesmo ponto de vista, alunos e professores devem ser constantemente curiosos com o que lhes é desconhecido, inquietos com o que já conhecem e motivados pelos desafios. Para tanto, devem ter autoconfiança e motivação interna.
Dessa forma, alunos, professores e ambientes escolares podem ser elos de um movimento infinito que, em alguns momentos se tocam e noutros têm seu próprio percurso mediados pela criatividade.
Assim sendo, haverá momentos de reflexão individual, de busca e desenvolvimento do seu próprio processo criativo e momentos de troca com os outros participantes.
Com o tempo, cada um – aluno ou professor, poderá desenvolver seu próprio código criativo. Por meio da aplicação da criatividade estarão simplificando situações complexas que darão origem a soluções inovadoras e relevantes para problemas reais.
Um grande abraço,
Glória Weissheimer