Em algum momento da vida você já se deparou com um problema que parecia não ter solução, fosse um quebra-cabeça ou uma questão profissional?
Cansado de insistir na resolução abandona-o por um momento e vê surgir a resposta quando está distraído fazendo outra atividade, molhando a grama ou passeando com o cachorro. Como isso é possível?
Primeiro é importante rever sua definição da palavra problema. Ao pesquisar no dicionário você pode encontrar como sinônimo de obstáculo, dificuldade, questão difícil e também como enigma.
E se pensar nele como uma charada? Começa a ficar mais interessante ao lembrar de como achava impossível desvendar as questões “o que é, o que é?” que ouvia na infância e que exigiam um modo de pensar diferente para a sua solução.
No entanto, apesar da aparente dificuldade, era divertido resolvê-los.
Porém, com o tempo, conforme crescemos vamos esquecendo o uso da criatividade na sua solução. Um problema só é resolvido motivado por uma destas três sensações: desconforto, frustração ou curiosidade.
Ao invés de se deixar mobilizar pelo desconforto ou pela frustração, deixe-se guiar pela curiosidade. A curiosidade gera criatividade. Então faça como as crianças pequenas: pergunte por quê? E por quê? E por quê?
Estudos desenvolvidos por Piaget mostram que crianças de 12 a 18 meses já demonstram curiosidade e experimentação, variando de propósito suas ações para ver o resultado. Passam seu tempo explorando ativamente seu mundo para determinar o que é novidade sobre um objeto, evento ou situação. Para elas tudo é possível!
Durante suas brincadeiras estão pensando, experimentando e chegam a conclusões. A diferença é que fazem isso inúmeras vezes e não se importam em medir sucesso e fracasso. Simplesmente, fazem.
Embora a curiosidade das crianças seja maior do que a dos adultos, revelando criatividade na solução de problemas, seu conhecimento sobre o mundo é mais limitado. Seu pensamento não é tão complexo.
Quando estamos desenvolvendo uma atividade automatizada pelo adulto, como lavar louça, dirigir automóvel ou caminhar, podemos deixar a mente divagar, lembrando do problema em questão sem grandes exigências.
Nesse momento, o pensamento criativo pode se manifestar fazendo com que a curiosidade se combine com conhecimento e leve à solução do problema.