A presença de comunidades com baixo nível socioeconômico e alto grau de vulnerabilidade social tem sensibilizado pessoas para dar sua contribuição na realização de projetos sociais.
Mas afinal, o que são projetos sociais?
Projetos sociais são iniciativas de grupos, instituições ou setores governamentais que têm na ampliação dos direitos sociais, seu principal objetivo.
Para tanto, independente da linha programática em que se apresenta (cultura, esporte, meio ambiente, educação, saúde) seu foco é o fortalecimento de grupos vulneráveis. Por exemplo: mulheres, crianças e jovens em situação de risco, populações empobrecidas, agricultores familiares, etc).
Assim, os projetos sociais buscam a construção de direitos e afirmação cidadã como forma de combater as desigualdades sociais.
Como se diferenciam de outros projetos?
Devido ao seu objetivo central, ou seja, desenvolvimento de ações que tragam retorno social aos beneficiários, sua execução exige duração maior de tempo para que os resultados sejam consolidados.
Exemplo disso são projetos que envolvem o desenvolvimento de uma habilidade (tocar um instrumento, praticar um esporte, produzir um artefato/produto). Seu tempo básico de execução pode ser de 8 a 12 meses, sem que neste período se esgotem as dificuldades próprias da ação.
Outro fator diz respeito às articulações necessárias para sua execução. Novamente, devido ao seu caráter de desenvolvimento social, é fundamental o diálogo com parceiros associado em três níveis de articulação (apoio e fomento, mediações, gestão local) a fim de que o projeto se realize.
Do mesmo modo, cabe destacar a importância do alinhamento do objetivo principal dos projetos sociais com a missão dos parceiros para que ambos (público-alvo e apoiadores) sejam assim beneficiados com os resultados obtidos.
Assim, no nível de apoio e fomento estão os doadores (pessoas físicas e jurídicas), financiadores, agências de cooperação, Bancos, Fundos Governamentais e Igrejas.
No nível das mediações, os projetos sociais se articulam com outras organizações sociais (Ongs, institutos, fundações ou organismos públicos) de abrangência local ou regional para busca de recursos financeiros e humanos.
Por fim, no nível da gestão local, a articulação é realizada diretamente com os grupos de base e lideranças locais que representam os beneficiários dos projetos sociais em questão.
Da mesma forma, outro fator determinante para o sucesso dos projetos sociais é a realização de análise da realidade local e a conquista do apoio dos atores desse contexto.
Por que muitos projetos sociais fracassam?
Lembrando que os projetos sociais não existem por si mesmos, ou seja, como seu foco é a mudança de uma realidade coletiva, é fundamental o conhecimento da realidade e do contexto onde serão desenvolvidos, bem como a articulação em diferentes níveis para que obtenha sustentabilidade (política e social).
Assim, aqueles que ignoram esses aspectos correm o risco de ficarem na lembrança tal como uma chuva de verão: intensa, refrescante, mas com pouca repercussão.
Em síntese, projetos sociais com bons resultados são aqueles que desde o momento de sua concepção já consideram a importância da articulação em diferentes níveis de modo a valorizar o enraizamento local, o diálogo com saberes e representações culturais, a visibilidade pública e o reconhecimento institucional.
Você precisa de ajuda para elaborar seu projeto? Fale conosco! Será um imenso prazer poder lhe ajudar.
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Até o próximo post!