Processo Criativo


Processo criativo: 5 dicas para provocar seus criativos

Despertar o interesse dos alunos hoje em dia, é tarefa por si só desafiadora. Como concorrer com os inúmeros estímulos disponíveis num cotidiano envolto em alta tecnologia??

Mais do que nunca é preciso fazer uso de metodologias que promovam o processo criativo em uma aprendizagem relevante. Com foco a partir da pessoa que é estimulada a desenvolver novas significações, as provocações despertam a curiosidade que podem gerar contribuições criativas.

Sendo assim, mãos à obra:
1. Use provocações alinhadas com a dor do seu público.
Nossa atenção sempre está mais voltada para assuntos que são do nosso interesse. Assim, fazendo uso de temas que de algum modo já estão no radar, será mais fácil captar o interesse do seu público.

2. Dimensione o grau da provocação para atingir seu público.
Conheça seu público e faça a provocação de modo que seja tentadora, sendo impossível resistir a ela. Assim, não pode ser muito fácil que cause o desinteresse e nem muito difícil a ponto de causar frustração.

3. Use fatos do cotidiano e do momento para mobilizar atenção para a provocação.
Tire proveito da conectividade atual onde sabemos de tudo em tempo real. Todo mundo gosta de comentar sobre a última novidade.

4. Crie o momento do desafio, onde qualquer integrante do grupo pode propor uma provocação criativa.
A instauração desse evento, mobiliza para que fiquem atentos e sensíveis ao que acontece no seu cotidiano, além de incentivar a autonomia e o gosto pela resolução de desafios.

5. Convoque a utilização de outros sentidos que não apenas a visão e audição.
Para absorver informações e nos comunicar podemos utilizar três canais: o visual, o auditivo e o cinestésico; com predominância de um sobre os demais. Como a sala de aula é um ambiente múltiplo, é fundamental que sejam oferecidas provocações que estimulem todos os canais.
Desse modo, ao explorar todas as diferentes linguagens: visual, sonora (falada, musical), gestual e escrita, daremos oportunidade para que todos se sintam provocados.

A criatividade começa quando as pessoas se sentem motivadas pela pura alegria de fazer o que fazem.
Renata Di Nizo


Processo criativo: como estimular a integração no grupo?

Já aconteceu de você estar dirigindo uma oficina ou curso, pedir para os integrantes formarem grupos e você perceber que se instala um estado de ansiedade, de apreensão?

Mesmo estando ali para viverem novas experiências, os primeiros momentos de integração sempre despertam dúvidas, afinal, quem são estas pessoas? O que pensam? Como acolhem as ideias propostas? Tudo isso afeta o processo criativo.

Isso é reflexo de barreiras culturais e emocionais que se instalaram desde muito cedo, fazendo com que a expressão criativa seja regulada pelo medo de tudo que possa ser considerado ridículo ou motivo de crítica alheia, prejudicando a integração no grupo. Como acabar com esse fantasma?

Para que o processo criativo se realize de modo potente é preciso primeiramente qualificar o grupo, ou seja torna-lo “um corpo só”. Isso quer dizer que todos devem se respeitar, sendo importantes em igual medida.

Então, a integração dos membros é fundamental, onde o primeiro passo é a quebra de escolhas prévias, ou seja, quem integrará o grupo. Os integrantes não escolhem uns aos outros, mas são escolhidos por suas próprias tomadas de decisão. Por exemplo: para a formação dos grupos, solicitar a escolha de frutas, cores, flores ou objetos ligados ao problema que o processo criativo será desenvolvido. Ou seja, qualquer elemento que não apresente hierarquia de valor, como acontece com números e letras do alfabeto.

Desse modo, a cada escolha grupos com novos integrantes terão oportunidade de ser formados, novos vínculos serão estabelecidos, enriquecendo de possibilidades o processo criativo por meio de sua integração.

Nesse momento, o objetivo maior é o acolhimento, desenvolvendo nos integrantes a segurança para explorar todo o seu potencial criativo. O modo como os integrantes de um grupo se sentem irá determinar a coesão do grupo e por sua vez, influenciar na qualidade do processo criativo.

Para dar início ao processo criativo é preciso estar “aquecido”, envolvido e ao mesmo tempo confiante. Quando consideramos que este percurso será desenvolvido em grupo, é fundamental a presença da confiança, pois o medo da exposição é uma poderosa barreira ao fluxo de ideias.

Durante a integração também é importante promover a consciência de que todos os integrantes são especiais, pois cada um traz uma experiência de vida única. Esta diversidade natural se manifesta como um fator que enriquece o grupo, oferecendo mais perspectivas na geração de ideias.

Ao quebrar pré-julgamentos na formação do grupo, ao mesmo tempo em que se estimula a integração por meio da confiança, autoconceito positivo e geração de ideias, o grupo é preparado para a etapa seguinte: a provocação.

Você recorda uma experiência marcante envolvendo trabalho em grupo? Compartilhe comigo!

Abraços,
Glória Weisheimer


Como é seu processo criativo?

Outro dia estava lembrando de quando fui em uma abertura de exposição de arte na qual os artistas falavam sobre suas obras e como tinha sido seu processo criativo. Afinal ao apreciar a obra todo mundo se pergunta “como é que foi feita? no que o artista pensava?”

Minha surpresa foi constatar que enquanto alguns artistas expunham com clareza seu processo criativo, delineando o percurso e o problema de origem, outros falavam de inspiração, ideias soltas e investigações aleatórias. Fiquei curiosa: por que será que isso acontece?

Afinal, o que compreende o processo criativo? Considerando o próprio significado da palavra processo como um movimento contínuo, um percurso que se desenrola, é constituído por etapas, ou seja, precisa de tempo para acontecer. Não é imediato, nem instantâneo.

Ao refletir sobre o significado de criativo, está associado com o movimento entre o inédito e a bricolagem, o lógico e o lúdico, o curioso e o necessário. Nem sempre precisa fazer sentido imediato, mas precisa existir.

Então, quais e como seriam as etapas do processo criativo? Como a educação pode se beneficiar do seu uso no processo de ensino aprendizagem? Essas são algumas questões que irei abordar neste e nos próximos artigos.

Enquanto educadora preciso organizar o conhecimento para que possa elaborar o processo de ensino aprendizagem e assim atingir os resultados a que me propus. O mesmo acontece com relação ao processo criativo. Assim, organizei-o em fases denominadas: integração, motivação, provocação, problema, conhecimento e feedback.

Mesmo que cada fase tenha sua “personalidade”, são interligadas. O movimento do percurso faz com que se complementem. O processo criativo mobiliza o individual e o coletivo, a imaginação e a realidade, a emoção e a razão. Sem precisar abrir mão de um para tocar o outro.

Nossa maior dificuldade não é criar, é não saber como isso acontece! Então, que tal se deixar levar pela curiosidade e explorar o percurso do processo criativo?


Crenças e a criatividade

O ser humano é movido por crenças. Algumas são fortalecedoras e impulsionam para a realização e exercício da criatividade. Outras são limitantes, causando imobilidade mental ou física.

Um exemplo de crença limitante é que apenas algumas pessoas são realmente criativas. Este modo de pensar é fortalecido pelo relato de histórias de alguns escolhidos como criativos, pois suas ideias já nascem prontas.

Por meio desse tipo de crenças foi se consolidando o mito do gênio criativo. J. S. Bach, Mozart, Picasso, Einstein e tantos outros são reverenciados tanto pela contribuição à humanidade quanto pela aura que se criou em torno da sua capacidade de criação.

Porém, o conceito de “gênio” como ser completo e iluminado é uma construção romântica e idealizada. Bach, por exemplo, integrava uma família de músicos profissionais, onde a música fazia parte do cotidiano há várias gerações.

Bach dedicou sua vida ao estudo da música, trabalhando incansavelmente em diferentes lugares da Alemanha em busca do aperfeiçoamento.

Sua fama, esteve ligada ao virtuosismo na execução do cravo e do violino, bem como no cumprimento de prazos para entrega de composições sacras exigidas pelo culto luterano da época. Sua produção musical abrangeu inúmeros gêneros, tais como, cantata, concerto, moteto, coral, oratório, sonata, suíte, além de fantasia, fuga……

Como alimentava sua criatividade?

Criatividade e boas soluções são resultados de muito esforço mental. Aliado à técnica e dedicação de tempo. O processo criativo é um percurso – individual ou criativo – onde é comum o momento da dúvida, do erro, do conflito e da adversidade.

Por exemplo, Bach buscou no início, referências para explorar sua criatividade na polifonia gótica dos mestres flamengos do século XV, utilizando recursos que estavam a sua disposição (era dono de um órgão e de uma orquestra) para explorar novas possibilidades.

A criação está ligada às nossas crenças pessoais e sociais. A consciência das crenças que nos afetam é que nos permite dar o salto de libertação, questionando o novo, ainda desconhecido e abrindo-nos para o inusitado.

Voltando à produção de Bach como exemplo, ao compor as cantatas, ele utilizava textos de outros poetas ou texto religioso como base e criava as melodias. Incluindo temática religiosa e profana, foram mais de 350 cantatas.

Dessa forma, para atender uma grande demanda, Bach se utilizou do conhecimento técnico musical adquirido, fazendo com que as dificuldades que se apresentavam fossem resolvidas com criatividade, ou seja, com muito trabalho.

Então, nada de ficar focando em crenças que limitam e bloqueiam a criação, trabalhe muito, trabalhe insistentemente. Conheça o que já foi realizado e busque novas combinações. Depois de pronto você verá quem venceu: a criatividade.

Um grande abraço, 

Glória Weissheimer


Dicas para dominar o processo criativo

Quem trabalha com criação no seu cotidiano já sentiu a angústia ou a pressão ao se deparar de um lado com o problema e de outro com o mar de possibilidades no qual se banha a criatividade. Surgem as questões: que caminho tomar? Qual a melhor opção? Quando parar de explorar?

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A importância da criatividade na solução de problemas

Em algum momento da vida você já se deparou com um problema que parecia não ter solução, fosse um quebra-cabeça ou uma questão profissional?

Cansado de insistir na resolução abandona-o por um momento e vê surgir a resposta quando está distraído fazendo outra atividade, molhando a grama ou passeando com o cachorro. Como isso é possível?

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