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4 razões para uma nova pedagogia

A era digital está forçando a mudança de paradigmas dominantes, inclusive na Educação. A escola, que se assemelhava a pequenas fábricas na reprodução de conhecimento, agora busca novos modelos de aprendizagem e inovação, de espírito empreendedor, de criatividade e de colaboração global.Como a revolução digital traz impactos para a Educação, provocando mudanças na pedagogia?

 

1.     A revolução digital transformou nosso cotidiano.

O desenvolvimento tecnológico e seu acesso pelas grandes massas mudou nossa rotina. Inovações como o uso de automóveis autônomos (embora ainda em teste), que já possui legislação aprovada nos Estados Unidos da América. Com a Impressora 3D é possível produzir objetos, órgãos humanos e até armas. No Brasil, segundo dados do IBGE (2016) o celular é o principal aparelho para acessar a internet, estando 64,7% da população permanentemente conectada.

 

2.      A revolução digital “amplificou” a globalização.

A conectividade imediata e acessível alterou o modo como crianças e jovens jogam, acessam a informação, se comunicam entre si e aprendem. Hoje é possível aprender com pessoas de lugares distantes, em tempo real e em horários pré-estabelecidos pelos “aprendentes”.

 

3.      O mundo do trabalho exige modo de pensar que se ajuste às mudanças frequentes, admitindo a pluralidade de pensamentos na resolução de problemas.

Até o século XX o sistema de educação apresentava um caráter dicotômico, onde os alunos eram classificados em dois grupos: aptos e inaptos, tendo o conhecimento cognitivo como o ponto principal de referência para medir seus resultados.

No século XXI, o desafio está em encontrar um sistema mais amplo, que dê oportunidade para o estudante se desenvolver e prosperar frente aos desafios que irá encontrar.

 

4.      O avanço da tecnologia poderá materializar sua promessa de transformar o ensino e a aprendizagem.

O desenvolvimento tecnológico e digital possibilita o uso integrado da pedagogia, tecnologia e conhecimentos para obter melhores resultados no processo de ensino aprendizagem.

No passado não muito distante, o processo de ensino aprendizagem se apoiava na transmissão de conhecimentos, sendo que este consistia em resolver problemas pré-estabelecidos para demonstrar domínio de conceitos. Com o acesso digital é possível que os alunos apliquem suas soluções a problemas do mundo real com públicos autênticos que estão muito além do limite de sua escola.  A riqueza está justamente no uso prático dos conhecimentos adquiridos, a partir de realidades.

Assim, que tal além das operações básicas envolvendo leitura, interpretação e cálculo, fazer uso de uma nova pedagogia que contemple a aprendizagem de resolução de problemas, cooperação, criatividade, pensamento diferente e desenvolvimento de relações e equipes eficazes?

 

Desse modo, os alunos farão uso destes conhecimentos conectados com a sua realidade, utilizando o poder das ferramentas digitais para resolver questões que ultrapassam os limites da sala de aula.

 

O ato de colocar em prática os conhecimentos adquiridos no processo faz com que os alunos adquiram experiência, autoconfiança, perseverança e atitude proativa para criar valor em nossas sociedades baseadas nos conhecimentos, impulsionadas pela tecnologia.

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Até o próximo post!


Como a criatividade colabora na educação de qualidade?

Como transformar as aulas em uma experiência de vida com significado?

Em busca de uma educação de qualidade, em dezembro de 2017 foi homologada a Base Nacional Curricular Comum (BNCC), que abrange direitos e objetivos de aprendizagem, desde a Educação Infantil até o Ensino Médio.

A BNCC apresenta o conjunto de aprendizagens essenciais que todos os alunos têm direito na Educação Básica, alinhando a educação brasileira com as necessidades do século XXI.

Sendo assim, muitos autores/educadores destacam que a educação de qualidade é aquela que tem como foco principal a PESSOA, por meio do desenvolvimento de habilidades e competências, e não, a mera transmissão de conteúdo.

Nesse sentido, em seus diálogos com a criatividade, Saturnino de la Torre (2005) destaca a importância da criatividade no currículo escolar, fazendo uma analogia com a banca de revistas.

Lugar de livre acesso, com opções diversificada de produtos e disponível inclusive nos finais de semana, a banca de revistas é um lugar de provocações e de encantamento, disponível para todos e aberta diariamente.

O que podemos aprender?

Na banca de revistas, o ponto principal é o cliente, aquele que busca o produto a ser consumido. Por sua vez, na educação de qualidade, o foco é o aluno.

Por isso o primeiro passo é atrair, motivar, estar predisposto a ouvir a sua mensagem para que se possa adequar conteúdos e estratégias de acordo com seus interesses.

Ao verificar os dados do resultado do Exame Nacional de Desempenho do Estudante (ENADE) 2016, verificamos que o interesse do aluno para que este se torne agente de sua aprendizagem, está muito baixo, visto que 42,8 % estudam de 1 a 3 h/semana.

Assim como a banca de revistas atrai pela diversificação de produtos, também a educação, em todos os seus níveis pode motivar o interesse do aluno ao fazer uso de metodologias de ensino que provocam sua proatividade. São as chamadas Metodologias Ativas.

Nessa nova abordagem é valorizada uma tripla dimensão dos conteúdos, seja nos conceitos e sistemas conceituais, procedimentos, atitudes e valores, as dimensões do saber, fazer e ser estão presentes em todo o processo formativo, desde a educação infantil até a formação continuada.

Assim também, é desafiado o profissionalismo do professor, responsável pelo desenvolvimento de atitudes e habilidades, inclusive as criativas.

De la Torre reforça a importância do estímulo à criatividade desde o início da vida escolar, visto que quanto mais cedo iniciar, mais fácil será sua apropriação, aumentado o potencial inovador dos estudantes, futuros profissionais.

 

Como enfrentar os desafios deste início de século?

A inserção do ensino bilíngue, concepção de currículo integrado e parcerias com instituições estrangeiras são algumas das estratégias em uso.  Nas palavras do presidente da Abepar, Mauro Aguiar, “quem não se movimentar vai perder aluno”.

Entretanto, pouco efeito terá se a transformação não acontecer de modo mais profundo, ou seja, do âmbito pessoal para o coletivo.  Os novos desafios que se se apresentam exigem que os professores estejam preparados.

Desse modo, precisam ser capazes de exercitar em si e com os alunos a percepção dos problemas do mundo a partir de uma abordagem sistêmica, holística, estimulando a cooperação e trabalho integrado.

A educação se dá a partir do contato com a realidade, onde o conhecimento é adquirido pela vivência na resolução de problemas, de modo particular e também coletivo.

 

O conhecimento é produzido da prática para a teoria.

 

Na educação de qualidade, o professor manifesta sua competência criativa ao desenvolver situações de aprendizagem onde o conhecimento é decorrência do ensino criativo.

Nele, o professor é um facilitador da aprendizagem, criando modos que estimulem a curiosidade, a investigação, a criação e verificação de hipóteses sem o engessamento de uma rotina aborrecida.

Para tanto, faz uso de recursos e estratégias de acordo com o perfil dos alunos e do problema em questão, adaptando-os sempre que houver necessidade.

Assim, poderá utilizar mapa mental, visita técnica, estudo de caso, aprendizagem baseada em problemas, role play, filmes, dramatização, storytelling e outros.

Em uma educação de qualidade a criatividade é um elemento provocador e motivador da aprendizagem, que pode estar inserida em diferentes aspectos do planejamento: objetivos, conteúdos, estratégias docentes, recursos e materiais, e avaliação.

Se você quer saber mais sobre criatividade e educação, eu posso lhe ajudar. É só entrar em contato. 

Um grande abraço!

 

 


A inovação já chegou na educação, você está preparado?

Enfim, chegamos novamente ao final de mais um ano. Momento de pensar sobre os rumos percorridos e os resultados obtidos, corrigindo a rota mais uma vez. O que foi mais privilegiado: a manutenção da rotina ou o desafio da inovação?

O que recebeu mais ênfase no processo de ensino e aprendizagem: o desenvolvimento de ações já testadas anteriormente, cujo resultado pode ser antevisto ou a proposição de ações inéditas e que traz o sabor de novos desafios metodológicos?

As mudanças continuam intensas e inevitáveis. Um exemplo, no mundo da educação é a presença da tecnologia, uma realidade que já nem pede mais espaço. Ela faz parte da inovação na educação!

 

E você? Está preparado?

Pesquisa realizada em 2016 pelo Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (Cetic), tendo como universo pesquisado do 5º ao 9º ano do Ensino Fundamental e 2º ano do Ensino Médio, aponta que 52% das escolas, abrangendo públicas e privadas, utilizam o celular em sala de aula.

Dados do Ministério da Educação (MEC) confirmam que 97% das escolas púbicas de Ensino Médio têm computadores para os alunos e 74% têm internet banda larga.

Embora haja desigualdade entre o setor privado e o público, a disponibilidade de internet é muito semelhante, sendo 98% nas escolas particulares e 95% nas públicas.

O acesso à internet móvel também é significativo, já que 91% dos professores possuem smartphone, enquanto 77% dos alunos usam a rede por meio do celular.

Entretanto, apesar da popularização da tecnologia, ela é apenas parte da inovação. O ponto principal continua sendo a relação entre as pessoas, neste caso, entre professores e alunos.

Assim, a disponibilidade de acesso e o uso por si só desta tecnologia, não é garantia de melhores resultados no processo de ensino e aprendizagem.

 

Mas afinal, como se dá a inovação na educação?

Inovar significa mudar, alterar algo conhecido para produzir um resultado melhor. Nesse sentido, podemos mudar algo de modo radical, chamada de inovação  disruptiva, ou uma mudança parcial, a partir de algo que já está em uso, para então buscar alternativas de aprimoramento, denominada de inovação sustentada.

Na educação, a inovação disruptiva se dá no oferecimento de cursos online para atender necessidades especiais (crianças superdotadas, especiais, ensino de línguas, música, economia).

É possível perceber a grande oferta de cursos online com temas variados, sendo de curta duração o desenvolvimento das aulas, mas com acesso ao material de até 2 anos. Assim, é possível que o aluno retome os conteúdos e refaça as atividades sempre que quiser, no seu tempo.

Da mesma forma, com relação à educação, chamamos de inovação sustentada aquela que parte de algo já conhecido e muitas vezes rotineiro, para trazer proposições de melhoramento.

Portanto, como exemplo de inovação sustentada na educação, temos escolas que fazem uso da tecnologia (computadores e internet) como suporte pedagógico, com objetivo de que seus alunos tenham melhores resultados de aprendizagem.

Outro exemplo de inovação sustentada é a adoção do ensino híbrido, que combina as vantagens da educação online com parte dos benefícios do ensino tradicional. Para tanto, faz uso das metodologias ativas, cujo foco é o desenvolvimento do protagonismo do aluno no processo de aprendizagem, sendo o professor, um motivador e mediador.

Em todos os tipos de metodologias ativas há um problema a ser solucionado, que é exposto aos alunos de modo motivador. Método do Caso, Aprendizagem Baseada em Problemas, Role-play (Jogo de Papéis), Storytelling (Contação de história) são apenas alguns exemplos.

Avaliar e inovar, um percurso que nunca se esgota

Enfim, é preciso acompanhar o movimento dinâmico da vida e suas demandas por inovação, inclusive na educação. Para isso, é preciso o exercício de um mindset flexível, que busca sempre renovar o conhecimento com competência e criatividade

Para tanto, a formação contínua por meio de cursos de curta duração; o compartilhamento de experiências e dúvidas, em redes de atores e a investigação na ação devem fazer parte do cotidiano daqueles que tem na educação de qualidade o seu propósito.

Isto porque, o que no início pode causar estranheza devido ao seu caráter inovador, após implantação se revela altamente envolvente e significativo, oportunizando melhora nos resultados.

Como enfatizado por Antonio Dias de Figueiredo, “o que faz a diferença em um mundo de abundância, é o que é agradável aos olhos e sedutor à alma”.  Preparar jovens para que se tornem profissionais que fazem uso da criatividade e da inovação deve ser, portanto, a bússola que orienta o ensino.

Portanto, aproveite esse momento, avalie o percurso, corrija a rota em busca de novos desafios! Quando um novo ano se aproxima, uma nova oportunidade se abre!

Um grande abraço!