A inovação já chegou na educação, você está preparado?
Enfim, chegamos novamente ao final de mais um ano. Momento de pensar sobre os rumos percorridos e os resultados obtidos, corrigindo a rota mais uma vez. O que foi mais privilegiado: a manutenção da rotina ou o desafio da inovação?
O que recebeu mais ênfase no processo de ensino e aprendizagem: o desenvolvimento de ações já testadas anteriormente, cujo resultado pode ser antevisto ou a proposição de ações inéditas e que traz o sabor de novos desafios metodológicos?
As mudanças continuam intensas e inevitáveis. Um exemplo, no mundo da educação é a presença da tecnologia, uma realidade que já nem pede mais espaço. Ela faz parte da inovação na educação!
E você? Está preparado?
Pesquisa realizada em 2016 pelo Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (Cetic), tendo como universo pesquisado do 5º ao 9º ano do Ensino Fundamental e 2º ano do Ensino Médio, aponta que 52% das escolas, abrangendo públicas e privadas, utilizam o celular em sala de aula.
Dados do Ministério da Educação (MEC) confirmam que 97% das escolas púbicas de Ensino Médio têm computadores para os alunos e 74% têm internet banda larga.
Embora haja desigualdade entre o setor privado e o público, a disponibilidade de internet é muito semelhante, sendo 98% nas escolas particulares e 95% nas públicas.
O acesso à internet móvel também é significativo, já que 91% dos professores possuem smartphone, enquanto 77% dos alunos usam a rede por meio do celular.
Entretanto, apesar da popularização da tecnologia, ela é apenas parte da inovação. O ponto principal continua sendo a relação entre as pessoas, neste caso, entre professores e alunos.
Assim, a disponibilidade de acesso e o uso por si só desta tecnologia, não é garantia de melhores resultados no processo de ensino e aprendizagem.
Mas afinal, como se dá a inovação na educação?
Inovar significa mudar, alterar algo conhecido para produzir um resultado melhor. Nesse sentido, podemos mudar algo de modo radical, chamada de inovação disruptiva, ou uma mudança parcial, a partir de algo que já está em uso, para então buscar alternativas de aprimoramento, denominada de inovação sustentada.
Na educação, a inovação disruptiva se dá no oferecimento de cursos online para atender necessidades especiais (crianças superdotadas, especiais, ensino de línguas, música, economia).
É possível perceber a grande oferta de cursos online com temas variados, sendo de curta duração o desenvolvimento das aulas, mas com acesso ao material de até 2 anos. Assim, é possível que o aluno retome os conteúdos e refaça as atividades sempre que quiser, no seu tempo.
Da mesma forma, com relação à educação, chamamos de inovação sustentada aquela que parte de algo já conhecido e muitas vezes rotineiro, para trazer proposições de melhoramento.
Portanto, como exemplo de inovação sustentada na educação, temos escolas que fazem uso da tecnologia (computadores e internet) como suporte pedagógico, com objetivo de que seus alunos tenham melhores resultados de aprendizagem.
Outro exemplo de inovação sustentada é a adoção do ensino híbrido, que combina as vantagens da educação online com parte dos benefícios do ensino tradicional. Para tanto, faz uso das metodologias ativas, cujo foco é o desenvolvimento do protagonismo do aluno no processo de aprendizagem, sendo o professor, um motivador e mediador.
Em todos os tipos de metodologias ativas há um problema a ser solucionado, que é exposto aos alunos de modo motivador. Método do Caso, Aprendizagem Baseada em Problemas, Role-play (Jogo de Papéis), Storytelling (Contação de história) são apenas alguns exemplos.
Avaliar e inovar, um percurso que nunca se esgota
Enfim, é preciso acompanhar o movimento dinâmico da vida e suas demandas por inovação, inclusive na educação. Para isso, é preciso o exercício de um mindset flexível, que busca sempre renovar o conhecimento com competência e criatividade.
Para tanto, a formação contínua por meio de cursos de curta duração; o compartilhamento de experiências e dúvidas, em redes de atores e a investigação na ação devem fazer parte do cotidiano daqueles que tem na educação de qualidade o seu propósito.
Isto porque, o que no início pode causar estranheza devido ao seu caráter inovador, após implantação se revela altamente envolvente e significativo, oportunizando melhora nos resultados.
Como enfatizado por Antonio Dias de Figueiredo, “o que faz a diferença em um mundo de abundância, é o que é agradável aos olhos e sedutor à alma”. Preparar jovens para que se tornem profissionais que fazem uso da criatividade e da inovação deve ser, portanto, a bússola que orienta o ensino.
Portanto, aproveite esse momento, avalie o percurso, corrija a rota em busca de novos desafios! Quando um novo ano se aproxima, uma nova oportunidade se abre!
Um grande abraço!